post #32 Se tens dúvidas casa-te!

Olá a todos e espero que se encontrem bem.

Hoje a conversa é só para vocês… os Noivos. A pandemia obrigou-nos a centrarmo-nos muito nas consequências da pandemia e muito pouco em vocês. Mea culpa admito desde já. Mas agora é tempo de mudar o chip.

“ porque têm então tantas dúvidas os Noivos?

estaremos a oferecer as soluções certas? “

Caríssimos Noivos, o que está em causa não é casarem. Amanhã mesmo podem marcar uma data e apresentarem-se para o grande Sim da vossa vida, o que está a criar confusão, desorientação e uma enorme frustração, é não poderem festejar da forma que conhecem e que sentem que é a única e certa. Casar com 20 ou 200 é exactamente o mesmo processo: agendar, convidar, celebrar e festejar.

“ em caso de dúvidas casem-se! “

Sabemos que o vosso plano inicial ficou em suspenso e que pensarem que têm que renunciar causa tristeza e frustração, mas sabem que a vida nem sempre é um plano cumprido com rigor. A pandemia é o grande exemplo como as nossas vidas por vezes são frágeis e imprevisíveis. Então temos que viver essa vida no agora e no possível.

O plano é aproveitar a oportunidade, reverter a mudança da vossa (nossa) vida noutra mas nem por isso menos bonita e fantástica tal como o plano inicial. Citando uma noiva …

“ o que nos levou a querermos casar?

façam o exercício para chegar à vossa resposta “

se resultar que o mais importante é “casar” e não o “como” então casem-se! podem ter que prescindir da vossa pequena multidão, do bacalhau do costume, da pista imensa e do dia cheio de actividades ou de tudo e tudo, mas o importante é casarem-se.

Priorizem e valorizem o importante: é a emoção do dia, do reencontro com o nosso pequeno comité do coração (família e amigos), da cerimónia chorosa e feliz. Estes são os motivos porque nos casamos.

Concentrem-se no essencial: o que querem mesmo e o que podem deixar para trás, se se sentem confortáveis… pois não hesitem, animem-se a pensar no que podem adaptar à nova realidade, dediquem-se a pensar fora da caixa mas mais que tudo, a pensarem no que querem que o vosso dia transmita ao vosso pequeno grupo VIP, que poderão dizer com orgulho, que testemunharam a vossa felicidade.

Não será fácil ao princípio pois o vosso “antigo ideal” está um pouco longe do “novo ideal” mas com vontade e paixão, pode e deve, ultrapassar o velhinho modelo. Seguir em frente com a nossa vida e com o que temos, é o que faz sentido. Desistir ou adiar é baixar os braços e não aproveitar a oportunidade.

Deixamos aqui umas dicas que passaram no IG para se animarem a dar o passo. Digam-me se se identificam com algumas.

Bisou, bisou e pé na estrada o caminho faz-se andando. Fiquem bem!

Mª João

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post #30 O ENORME VALOR DAS COISAS PEQUENAS parte2

Este mail era para ter sido publicado há uma semana, mas ainda bem que não foi. E porquê? porque de repente, chegaram as novidades que esperamos há tanto tempo: finalmente podemos recomeçar a trabalhar!

Ora o que intencionalmente seria um post sobre os "novos casamentos", sim, os pequenos ou intimistas como lhe queiram chamar, tudo de repente mudou.

Vamos iniciar (mais uma vez) o desconfinamento e... na minha opinião, sem regras claras e precisas. Casuisticamente, será a capacidade do espaço, a definir o tamanho do casamento. Espera-se um regabofe! A nossa criatividade é enorme, é só pena que dê resultados tão terríveis a maior parte das vezes.   

Sendo uma optimista incorrigível, espero que esta onda de entusiasmo baixe de tom à medida que se irão detectando situações de "desvairo absoluto". E virão de ambos os lados: Noivos e profissionais do sector. A sede de fazer dinheiro a qualquer custo, tolda o espírito e remete o bom senso para as urtigas. A pressão será grande e a ausência de um sentido comum para o sector a cereja no topo do bolo.

Mas voltando ao tema..., e inspirando-nos naquilo que pode ser uma tendência a considerar nos próximos tempos, o paradigma dos casamentos grandes pode muito bem estar em "mutação". Por cá, o assunto não se discute (ainda?), mas se calhar no intervalo dos mega casamentos, podemos ir pensando no assunto.

Questão para uma saudável discussão:

Será que planear para 20/30 é o mesmo que para 100/120? O princípio é o mesmo mas pelo meio muita coisa será objectivamente diferente. Desde logo...

  • animação: o modelo Dj+pista torna-se de todo "too much" para um pequeno grupo de 20 pessoas. A pista precisa de gente animada e um grupo (robusto) que se mostra e quer ser visto. Este será um desafio à nossa imaginação e criatividade.

  • para que o dia seja animado e interessante, o modelo cerimónia+cocktail+refeição+festa, poderá, sofrer alguns acertos de modo a não se tornar ao fim de um par de horas, um pouco decepcionante e desinteressante. O "mood" do dia poderá ter que ser revisto. Encontrar novos pontos de interesse será o grande desafio. Seja através de pequenos apontamentos musicais ou, algo que seja do interesse comum do pequeno grupo.

  • as contas que fazíamos por mesa poderão deixar de fazer sentido, bem como por convidado. Um novo paradigma de preços poderá estar a caminho.

  • os budgets duma forma geral podem encolher um pouco, mas a verdade é que podemos esperar que novos hábitos surgirão,  o que pode tornar esta questão irrelevante.

  • a situação que conhecíamos até agora: "um casamento, um dia", pode também deixar de fazer sentido. Quando for permitido mais gente por evento, acredito que haverá situações em que os Noivos irão celebrar em dois tempos diferentes, o seu casamento. O dia da cerimónia e o dia da celebração. Tudo poderá deixar de se jogar num só dia.

  • a poupança em convidados, pode ser canalizada para detalhes mais interessantes e qualitativos. Menos gente mas decoração, flores, e apontamentos mais refinados e diferenciadores.

  • as cerimónias serão certamente momentos com maior prestígio. Estar presentes neste momento mais intimo e especial pode passar a ser um privilégio (só) para alguns.

Em resumo: voltarmos aos grandes casamentos em total segurança, poderá demorar ainda algum tempo. Os factores dos quais depende esta situação, são complicados e não terão uma resposta rápida. Por outro lado, quando o clima for mais propício, o factor medo ainda irá perdurar nas nossas cabeças.

Interessante mesmo, será assistir aos novos hábitos que no entretanto iremos todos desenvolver "neste tempo do nosso descontentamento".

Como sempre, ouvir a sua opinião é importante!

Bisou, Mª João

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