post #5 fortes como uma rocha

Tudo apontava para que o início da época iria ser de felicidade e abundância, mas parece que de repente, tudo se virou de pernas para o ar. Estamos perplexos, assustados e sem saber muito bem o que pensar quanto ao nosso futuro.

Estamos preocupados com tudo e também com o nosso negócio. E bem nos devemos preocupar - sem dramas, mas tendo consciência de que algo nas nossas vidas mesmo que temporariamente, irá mudar.

Aqueles que tem o seu negócio assente essencialmente, nos destination weddings, têm razão para isso. Mesmo que as restrições a viajar não se tornem drásticas de todo, o clima de confiança está desde já comprometido. A quebra por muito pequena que seja, terá sempre impacto no nosso pequeno mercado e sobretudo, nas nossas muito micro empresas que pela sua natureza, têm maiores dificuldades em resistir a épocas de recessão.

Mas serão só os casamentos de estrangeiros que estarão em causa ? Cremos que não. À semelhança dos outros mas por razões bem diferentes e locais, é provável que os casamentos nacionais sofram também, com o assunto. Talvez com uma taxa de desistência menor mas, mesmo assim, deveremos contar com algumas desistências ou, constrangimentos doutra natureza. Dependendo do comportamento da epidemia, e do evoluir da situação mundial, deveremos esperar e prepararmo-nos, para um crescimento menor no sector. Isto é a realidade actual e que nos escapa ao controlo, o que deveremos pensar de tudo isto?

Muito mais que entrarmos em depressão, devemos aproveitar este tempo para aprender. A sermos mais resilientes antes de tudo. Estudar o nosso negócio, as suas dependências e aquilo a que podemos chamar, os nossos pontos críticos. Este é o trabalho que cada um pode fazer no curto prazo e enquanto o maldito vírus não nos largar. Mas também podemos aproveitar o tempo para reequacionar como nos relacionamos uns com os outros. Mais uma vez, teremos os mesmos problemas e seremos postos perante situações novas, para as quais ainda não temos a sábia solução. São estes desafios, que cada um de nós irá enfrentar sozinhos e desprotegidos (como sempre), e que se tornaram gigantescos. O dialogo entre pares será sempre a melhor solução. Não se trata de pormos a nú o negócio de cada um, trata-se de cultivarmos soluções, maneiras de dar a volta às dificuldades, de ouvirmos problemas idênticos aos nossos e como cada um encontrou a SOLUÇÃO. Tempos difíceis exigem medidas extremas, mente aberta e um pouco de espírito colectivo. Tudo o que ajuda a criar um mercado forte, profissionais que se comprometem e um conhecimento transversal e democrático. Vamos ouvir, contar a nossa estória e procurar juntos grandes soluções. Este é mais um desafio da grande globalização e devemos estar à altura do momento.

Cuidem-se e muitos

XoXo’s | Mª João

imagem | Gustavo Simões Photographer

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