kit para convidados bio

A A&J, cuidaram do seu casamento como ninguém. Um dos detalhes especiais foi presentearem os amigos com algo útil e pensado especialmente para cada um deles. A nossa proposta foi uma linha de tratamento bio para mimar as suas gentes. Todos os produtos foram divididos em conjuntos consoante os destinatários e no tamanho ideal para viajarem em modo leve.

Para os casais, ela recebeu hidratante para a cara e ele um tónico pós barba. Para ser usado em conjunto, um óleo de massagem. Os meninos (ainda) solteiros, receberam óleo de massagem e um tónico. E as meninas, um creme hidratante para a cara e um balsamo labial.

Estes produtos são produzidos à medida e na quantidade que se quiser. Tem um preço unitário muito convidativo, mas o mais importante de tudo é que são 100% biológicos pois a sua base é o azeite (puro e bio) ao qual se acrescenta um cheirinho a campo formidável. Pode consultar a Ervas de Évoramente que a Isabel (senhora de grande paciência e sabedoria) explicará tudinho, o mail também terá resposta pronta, imlufernandes@gmail.com

imagens | Design Events    estacionário | Amor à Portuguesa

uma relação difícil

Manter uma relação saudável, seja amorosa, entre amigos ou familiar, é uma aventura que sabemos ser uma tarefa algo difícil e que leva tempo a encontrar o caminho certo e que nos deixa confortável.

Hoje gostava de falar das relações cliente/fornecedor. Enquanto representante dos meus clientes, quando estou no papel de wedding planner, por vezes deparo-me os meus clientes dos quais sou representante, estranham certas situações, com as quais também fico de algum modo muito desconfortável. Sabemos que o mercado tem vindo a acolher novos serviços, novos produtos e novos parceiros. Até aqui nada contra, concorrência, novas ofertas e preços mais amigos, é tudo o que queremos. Os clientes ganham com isso, e quem já estava no mercado sente a necessidade dum são "refresh" que particularmente, acho muito motivador e salutar. Na verdade o problema começa a existir, quando os parceiros trabalham para si e não para o cliente - difícil de entender ? sim um pouco, eu chamo-lhe a falta de visão empresarial e muita imaturidade à mistura. Se existimos porque existem clientes, se são eles que pagam os serviços, e são portanto a nossa fonte de rendimento, trabalha-se para quem ? Se por acaso tropeçar num destes fornecedores, fuja dele, o perfil é quase sempre o mesmo :

  • não tem número de telefone de contacto directo ;
  • só atende/responde por email ;
  • a "empresa" é demasiado informal, mas tem um nome enquanto actividade comercial muito interessante e apelativo,
  • entende que o serviço ou produto que vende é "seu e só seu" mesmo que receba dinheiro pela sua venda, a cabeça do negócio acha-se dona do produto que vende ;
  • mantem uma atitude arrogante e exigente face ao cliente ;
  • demora a dar respostas mas exige uma adjudicação rápida.

se ainda se encontra na fase negocial, de alguns serviços, fique atento aos sinais, o mercado dos casamentos voltou a ser uma selva de tempos idos, as feras agora são é outras, mais instruídas, mais preparadas e com um aspecto mais civilizado.

quando pensar em gastar ou poupar ! o que não é a mesma coisa...

Na semana passada, falámos sobre opiniões e conselhos que nos deixam a pensar que tipo de ajuda se pretende dar aos Noivos. Pode ler ou rever aqui.

Hoje, falando ainda mais seriamente sobre o assunto, estou certa de que a confusão que os mídia projectam se reflecte, obrigatoriamente, no lado de quem consome. Porquê ? Porque, para os Noivos, o casamento obriga-os a pensar em situações que desconhecem por completo e a percepção de que casar é caro, leva-os a acreditar facilmente em falsas soluções de poupança.

 Mas vamos a factos: todos fazemos parte do cenário/mercado: fornecedores, cliente e os mídia. Todos temos interesses diferentes e o cliente final também tem o seu. O cliente será tão melhor, quanto mais dominar a informação, mas para isso tem que ser selectivo, digerir e não engolir, não querer trilhar o caminho mais fácil e, por último, não querer surfar, a todo o custo, a onda do barato.

Casar é um acto legal que une em coração e face à lei, duas pessoas. Fazer uma festa para celebrar o casamento é um evento, e um evento é um projecto, envolve equipas alargadas, necessita de expertise e liderança. No seu todo, entenda-se todos os fornecedores envolvidos nas várias actividades, não é um grupo de pessoas que trabalha por divertimento, é uma profissão única para a maioria. Como podemos ter uma visão tão frívola do assunto ? Talvez as mensagens incorrectas nos tenham trazido até aqui, mas duma vez por todas, tratemos do assunto com a importância que tem. 

 Ora vejamos:

 - sabemos que casar custa dinheiro, muito ou pouco, dependerá dos Noivos, o catering, a animação, o fotógrafo, a organização, etc. - tudo custa dinheiro! Mas estão à espera de quê ? Qualquer evento custa dinheiro! E custa porque tem matéria-prima e serviços, tem pessoal, tem logística, tem espaço e implica pagamento de impostos;

 - sabemos que os Noivos querem uma festa após a cerimónia, e para isso, há que organizar, contratar, negociar e fechar contratos. Mas até chegarmos a esse momento, muito caminho tem que ser feito, desde a procura do espaço à ementa fantástica, passando por uma variedade imensa de outras tarefas. Encontrar a melhor relação preço/qualidade para todos os items, é onde reside o segredo. E o segredo é encontrar o melhor serviço que se adeque ao que cada um pode pagar. Para o total descanso dos Noivos, estes podem contratar um organizador ou... deitar mãos à obra e tomar conta do assunto.

 - imaginando que não se sentem capazes de gerir este tipo de evento, decidem contratar quem o faça. Farão ideia das horas gastas só para a procura, contratação e organização? Pois sim, sei que não fazem. Entre 200-400 horas, tempo médio. Agora pensem nos custos associados a este tipo de função: deslocações (combustível, portagens, desgaste da viatura), custos de comunicação (telefone, internet), custos da estrutura (espaço de trabalho, assistente). Por último, o custo horário do profissional. Estamos a falar de trabalho de assessoria que implica horas de investigação, negociação e de tomada de decisões. A natureza deste ou outro evento implica uma enorme responsabilidade. Desvalorizar este tipo de trabalho é desvalorizar o evento em si mesmo. Só para terem uma ideia, um evento desta natureza, gasta em média entre 200-400 horas. Na semana antes do grande dia, as horas deixam de ser contabilizadas e no dia D, qualquer um dos fornecedores trabalha entre 10-12 horas seguidas.

 - podem continuar a pensar que os custos são altos, mas a verdade é que o mercado tem hoje uma larga oferta. Têm a possibilidade de contratar de acordo com o que têm para gastar, nada nem ninguém obriga a gastar fortunas -  o que não é possível, é querer tudo a custo zero ou quase. A diversidade de preços, oferta de serviços e produtos nunca foi tão grande, do preço mais económico ao mais alto, há todo o tipo de opções.  A escolha é uma questão económica e de bom senso. Ou se tem dinheiro para o plano A ou só se tem para o plano B. A palavra "caro" não entra na equação.

 - estarão a pensar que podem sempre poupar? Pois podem, mas entre poupar e não gastar é que reside a questão.

Vamos ao que podem deixar de gastar? Na roupa bonitinha, no fotógrafo, na animação, na organização e por aí fora. Só nestes exemplos, já terão deixado de gastar (não poupado) entre 4.500 - 6.000€. Mas isto não é poupar, é simplesmente decidir não ter uma festa para celebrar o casamento. Poupar é decidir se queremos tudo ou só algumas coisas. Se a decisão se inclina para um preço ou para outro. Mas quanto a isso, a decisão é vossa!

 - querem organizar a vossa cerimónia sem festa, é possível e quase sem custos ? Sim, claro que sim ! Marcam a conservatória ou a Igreja, vão lá no dia, despacham o assunto e voltam para casa, casados. Quanto poderão gastar? Atrevo-me a dizer que ficará em qualquer coisa como 200-300€. Onde pouparam? Em lado nenhum! O estado cobrou a taxa de serviço, e a igreja, o valor da ocupação do espaço e o tempo do sacerdote. Tabelado e sem negociação, descontos ou uma atençãozinha.

 - como cidadã e consumidora, também reconheço o direito a exigir preços correctos. Reconheço que existem alguns serviços que se "tabelaram" de comum acordo (a palavra certa seria cartel!), o que não ajuda a uma boa imagem dos profissionais em geral, mas volto a relembrar que a oferta é grande e de qualidade, e o poder de decisão está nas mãos de cada um.

 - a exigência de preços baixos ou prestação de serviços quase a custo zero, não é o melhor caminho, tanto para clientes como para profissionais. Competirá a cada um zelar pelos seus interesses é certo, mas a actividade de fornecedores de serviços de casamentos não pode ficar no cenário extremista - inacessível ou baratinho. Os negócios só são consistentes e equilibrados quando são bons para ambas as partes. Só assim teremos bons profissionais, negócios sustentáveis e mercado interessante. Pode não querer exigir um contrato ou uma factura, a decisão é sua, mas quando não o faz, esta a contribuir para um mercado menos transparente e eficaz, mais dúbio, menos sério (e, se alguma coisa correr mal, menos seguro e sem garantias. Já pensou no investimento financeiro que está a fazer?). Mas em caso algum, devem ser os profissionais a pagar do seu bolso, as facturas da vossa festa. 

 Nota final - todos os preços indicados, são valores considerados médios.

estamos confusos ou é mesmo assim ?

Não sei se por ignorância ou por desconhecimento absoluto, diariamente, os media transmitem-nos informação, irrelevante, descuidada e muito pouco transparente. Vejo com espanto, algumas dessas,  também serem vinculadas por profissionais desta pequena indústria. Em ambos os casos, o resultado é simplesmente mau. Primeiro porque não contribui para um mercado transparente e equitativo. Segundo porque passa ideias erradas aos clientes, indiciando na maioria dos casos, que quase tudo pode ser obtido por custo zero. Vejamos algumas dessas opiniões. 

  1. depois da cerimónia podemos sempre aproveitar as flores para as mesas - Sim podemos, mas para as mesas ? A confusão desta opinião é muito curiosa. Primeiro porque habitualmente as flores da cerimónia não são iguais às das mesas. Segundo, porque na maior parte das vezes, após a montagem estar efectuada, não há tempo útil para fazermos mudanças de materiais de um lado para outro. Poderia indicar ainda uma terceira razão, diz o bom senso que à frente dos convidados não devemos andar a mudar a casa, mas é uma mera opinião;
  2. decorar a igreja com elementos que não sejam flores - se alguém já tentou decorar uma igreja, sabe com certeza, que é um caso sério. Desde o local onde queremos instalar as flores, até o horário em que o podemos fazer e o que podemos ou não deixar, não digo que seja complicado ... é o que é!  na Igreja manda o Senhor Padre e há todo um formalismo que devemos respeitar;
  3. é sempre possível poupar ! - estamos de acordo e sempre que possível, podemos primar por escolhas inteligentes. O razoável é investir bem em pouco, e evitar a quantidade. Mas isso é, e só pode ser, uma decisão do cliente. Compete aos profissionais procurar e apresentar a melhor opção. Mas o que mais oiço são frases no ar, se é para falarmos claro, teremos que nos implicar no assunto, isto é opinar, darmos a nossa visão. É que poupar é uma situação simples, se não queremos gastar o que não temos, podemos sempre optar por : convidar menos pessoas, escolher uma ementa mais económica, contratar uma festa por um período mais curto, escolher um fotografo mais barato, escolher flores mais rústicas,  e etc, etc, etc, não podemos é apresentar gato por lebre, isso é que não;
  4. esta frase é dum portal e muito curiosa - sugere um jantar sem etiqueta para ser mais barato, sem etiqueta ? - esta pode ser a frase do ano. Seja um jantar sentado ou servido em buffet, o que determina essencialmente o custo per capita é a ementa em si. Se por acaso a etiqueta tenha a ver com o número de empregados de mesa, o valor pode baixar, mas é sempre um custo residual. Será que estão a pensar que os pratos depois de utilizados serão retirados pelos convidados ? Não tarda muito irão sugerir que cada um lave a sua loiça;

  5. negociar os descontos das wedding planner/organizador quando estes venderem todos os serviços - este conselho é também muito curioso e como todos os outros, causa ruído, confusão e forma a tal ideia errada sobre quase tudo. Admitimos que quem ventila estas frases sem conteúdo, não tenha argumentos para uma explicação clara sobre o assunto. Mas ainda mais interessante é constatar que são empresas que vendem exclusivamente, serviços de comunicação a passar este tipo de informação enviesada. Se não nos esquecermos, que estão a falar dos fornecedores de serviços de casamento, que pagam para anunciar na sua plataforma é bastante curioso ! Direi que é o cão a morder na mão do dono.

Para os noivos, clientes de primeira vez e que nada sabem do assunto, estas opiniões (e outras mais) são música para os seus ouvidos. Atrevo-me mesmo a dizer, que por este andar, um dia destes, ouviremos os tais falantes, dizerem-nos  que os noivos poderão negociar todo o casamento a custo zero, excepto ..... os seus próprios serviços, claro !

Como o tema é muito interessante, na próxima vez dedicaremos uma pequena missiva aos Noivos !