post #22 o plano ideal para tempos pandémicos

Admitindo que não desistiram de dar o nó e que dentro das regras do bom senso e da responsabilidade. Organizar uma pequena festa com o círculo mais chegado é o desafio do momento. Porque acreditamos que os casamentos vão mesmo transformarem-se e os Noivos irão no futuro serem mais sábios, dedicamos o post de hoje a quem vai mesmo, viver esta aventura de forma consciente e cuidada, mas tendo como objectivo um dia maravilhoso e cheios de detalhes bonitos.

A cerimónia

Civil ou religiosa, cuide do conforto e da segurança em primeiro lugar. A pandemia impõe-nos uma logística, mas não tem que ser fria e estranha: pense numa mesa de recepção que inclua o bonito arranjo floral pois claro, um cestinho engraçado que disfarce o frasco e uma caixa cheia de máscaras para quem ainda não percebeu o mood ou é simplesmente hiper esquecido.

Dividir e etiquetar, sim tem que ser. À semelhança do protocolo das mesas, aplique a regra ao sentar para a cerimónia, junte os co habitantes mas facilite esta operação e torne-a elegante. Recorra ao designer dos papéis bonitos e peça umas etiquetas (legíveis) para os bancos ou cadeiras. Papel de boa qualidade, caligrafia bonita e um raminho a acompanhar serão elementos suficientes, para ter uma plateia cheia de encanto. Se o budget o permite, e a cerimónia é civil, depois do sim, aproveite para um brinde especial. O catering cumprindo a regra actual, servirá as bebidas pessoa a pessoa. Eu diria que é a altura ideal para umas palavras de agradecimento aos queridos amigos e família. Se estiverem ao ar livre, é o momento de imagens bonitas e porque não, de juntar os pequenos grupos seguros, para se deixarem fotografar na vossa companhia.

A festa em modo slow living - parte I

Sim estamos a aprender a viver de modo diferente, então adaptemo-nos sem perder a nossa essência e uma certa joie de vivre. Casar rodeados dum grupo pequeno não tem que ser desinteressante. Muito pelo contrário, aproveitem para trocar a quantidade pela qualidade.

Várias mesas ou uma única, o que importa é que sejam francamente bonitas, que arranquem um oh de espanto. Agora que o grupo é reduzido, tudo passou a ser menos complicado, ainda se lembram de ir a casamentos onde abrir ligeiramente os braços para comer era tarefa difícil ? pois agora a palavra de ordem é conforto e segurança. Escolham uma loiça bonita e elegante, chega do serviço básico branco.

Surpreendam com um design floral bem pensado e elegante. Sejam ousados e levem para a mesa tudo o que faz sentido em termos de decoração. No actual modelo, uma refeição para obedecer às regras levará mais tempo, então o cenário terá que prender a nossa atenção e fazer-nos sentir bem. À semelhança da cerimónia, sigam o protocolo: o marcador de lugar (place card) nunca fez tanto sentido. E a regra será a mesma, um papel à altura das circunstâncias !

Há anos que sou fã de guardanapos. Tenho uma colecção já importante que uso muito na mesa dos Noivos, mas agora que podemos ter uma só mesa para decorar com tudo do melhor … não hesitem, procurem algo que seja mesmo marcante, tendo em conta que a mesa estará um pouco mais despida pois não terá pratos, invistam num fantástico guardanapo de bom algodão ou linho e numa das cores da paleta das flores. E para deixar tudo ainda mais fantástico, as velas! de cor ou em marfim é só acertar no conjunto. Joguem com vários modelos de castiçais. Se vão casar em casa, está na hora de aproveitar a prata da casa. Sucesso assegurado ? pois claro !

Para terminar este tema, vamos falar do seating plan. Caso tenham várias meses ele é mesmo incontornável. Seja colocado ao ar livre ou na entrada da sala, façam dele um ponto de atração da decoração. Seja uma instalação floral, um conjunto de objectos ou um quadro com uma bonita aguarela, fujam do cavalete super batido e sem graça. E para reforçar o factor segurança, incluam a mesinha que esteve na cerimónia, a tal do desinfectante … já dizia a minha avó que antes de sentar à mesa as mãos tinham que estar lavadinhas.

E para a semana iremos continuar a falar do plano para ter um dia cheio de detalhes maravilhosos e que tornem o vosso casamento mesmo muito especial.

Continuem a cuidar-se e a cuidarem, pelos vistos temos mesmo que cerrar fileiras.

XoXo | Mª João

post #21 querem convencer-nos de quê ?

Já devem ter reparado que nos ausentamos uns dias por aqui. Tive que mudar a minha corte para o campo, o que significa voltar a casa. Estou em fase de combate não da pandemia mas sim dum grande exercito de bicharada cheia de antenas que se instalou durante a minha ausência, por todo o lado. Mas cá estamos !

Nos dias de grande azáfama logística, espreitei as notícias do tema que nos interessa: pode ou não casar-se e como. Confesso-vos que este tema continua na minha opinião a ser tratado pela comunicação social e por alguns parceiros, de forma muito estranha. Desde sempre, o normativo aplicado é claro. No entanto, as chamadas “quintas” e outras entidades, persistem no discurso dos pobres dos Noivos que não os deixam casar.

Casar ou não casar é a questão ! e estes senhores ainda não compreenderam que podem usar as escapatórias que quiserem, dizer que é possível juntar 300 pessoas (RTP-Portugal em Directo, vão ouvir …) e tudo o mais que quiserem. Não há casamentos no número que gostariam porque os nossos clientes, os Noivos não querem, ponto.

Só para nos situarmos devidamente na questão, a cerimónia do casamento e esta festa tão especial, necessita mais do que tudo, de emoção, abraços, beijinhos e uma enorme interactividade entre família, amigos e fornecedores, não precisa de espaços de 300 pessoas, não precisa de pontos de higienização e sobretudo não precisa nem quer, distanciamento. Até ser possível tudo isto, casa quem quer num cenário com look pandemia, os que não querem, irão esperar que tudo se resolva (pelo melhor) e irão tranquilamente, preparar uma grande festa e ter a cerimónia que merecem. Escutar o cliente é sempre importante. Devemos estar atentos ao futuro próximo, que tipo de procura iremos ter, o que esperam os Noivos pós covid de todos os fornecedores. Preparemos o futuro que o presente esta comprometido e continuar a olhar para o retrovisor, só nos transformará em condutores ansiosos e receosos.

Fiquem bem e se estão no olho da tempestade cuidem-se muito.

XoXo | Mª João

Marieke+Michel_IMG_7642©VeraSepúlveda.jpg

post #20 decoração e pandemia

esta nova normalidade é bastante intrincada e difícil de manobrar. Ontem falando acerca dos novos casamentos os quais ainda não sabemos como serão, um dos temas abordados foi como vamos daqui para a frente e enquanto a antiga normalidade não pode existir, decorar as mesas da festa do casamento. Poderão achar um tema “pequeno”, mas não o é. Se há algo com que nos preocupamos desde o início e que é um tema importante para os Noivos, as mesas são o centro da decoração.

Temos como certo, que para manter a regra do distanciamento, essas mesas não voltarão tão cedo, a terem o modelo que até agora esteve em uso. Serão mais em número, deveremos providenciar mais flores e a ausência de pratos antes da refeição será um “vazio” que passa a ser uma normalidade.

Até que afinemos o novo modelo, deixo-vos aqui a última sessão fotográfica precisamente dedicada à decoração de mesas. Agora olhando para trás, tem um significado muito grande, como podem imaginar. Espero que se inspirem e ajude a imaginar as “novas mesas”, apesar do (agora) obrigatório, espaço em branco, acredito que as flores e objectos decorativos irão colmatar essa nova realidade tão estranha. Sem dúvida um desafio para todos nós.

Fiquem bem e continuem a cuidarem-se.

XoXo | Mª João

conceito, styling e design floral | Design Events Wedding

espaços | Mar d’Ar Muralhas e Convento do Espinheiro

flores | Dicoração casamentos

estacionários | A_Pajarita e Molde Design Weddings

imagens | Gustavo Simões Photo

post #14 o dia em que todos somos um

Por estes dias, as redes sociais fervilham de encontros, discute-se a situação que vivemos, os problemas que criou e aqueles que ainda virão. O pequeno mundo dos casamentos, não poderia ficar de fora. Fomos como todos, beliscados na nossa vida, o trabalho desapareceu e criou-se um vazio ainda maior. E porquê ainda maior? porque continuamos a não discutir o mais importante. Nestas conversas, nada se discute seriamente. Só os problemas do adiamento ou cancelamento. Nada de novo portanto! Infelizmente não se ouve nada sobre o “diferente” futuro. Coisas …

A comunicação social que apresenta sempre a festa do casamento, como o parente pobre das festas ou eventos, atirou um dia destes, com um número bombástico: 800 milhões! Fiquei banza, é dinheiro, certo ???? mas não ouvi em nenhum dos lives, qual a fonte deste número, o que vai acontecer a estes pequenos e médios negócios. Não somos unidos nem desunidos, somos só nós. Recolhidos no nosso dia a dia, na nossa actividade frenética, exigente, stressante e pouco (muito pouco) colectiva.

Quero acreditar, que passadas as crises, a sanitária e a económica, o panorama possa eventualmente mudar. Seria bom, porque parecemos aqueles primos que se revêm nas festas familiares mas que não têm nada de importante a dizer uns aos outros.

Claramente precisamos de nos conhecer melhor, olhar para lá do nosso grupo de parceiros/amigos, alargarmos o nosso horizonte, e não ficarmos reféns do nosso interesse individual. Quando teremos uma voz própria, e o direito a sermos reconhecidos como profissionais com status próprio e peso na economia nacional. Só depende de cada um de nós.

No dia do casamento, somos TODOS UM!

Fiquem bem e cuidem-se.

XoXo | Mª João

imagem | Danilo António Photographer

imagem | Danilo António Photographer

post #10 sentido comum

enviaram-me a newsletter do Adolfo Dominguez e a frase sentido comum, encaixou que nem uma luva para dar título a este post.

É certo que face à realidade que estamos a viver, esperamos todos, que vocês Noivos, adiem mas não cancelem. Certamente também o que desejam neste momento. Adiar algo, nunca costuma ser uma boa ideia, mas neste caso é uma boa ideia. E porquê ?

  • porque neste preciso momento e nos seguintes, tudo o que queremos e estamos focados, é que o “bicho” abrande a sua escalada, que alguém cuide de nós, que tenhamos força para cuidar dos nossos e que cheguemos aquele momento em que respirar não seja perigoso.

  • adiar dá-nos a todos: vocês e nós, tempo para nos reorganizarmos, voltarmos às nossas rotinas e levantarmo-nos com a certeza que podemos e devemos, proporcionar o melhor casamento de sempre.

  • este tempo é óptimo para vocês reverem, afinarem e porque não, sem o stress do pós-pedido, e de forma mais calma e ponderada, centrarem-se naquilo que é mesmo o que desejam para o vosso dia.

  • adiar é ter mais tempo, e o que pode fazer com ele? muito !. Para as Noivas em particular, sabemos que os preparativos do casamento, é uma fase stressante e cheia de ansiedade. Ora agora pode gerir tudo mais facilmente. Dê-se tempo a si própria, para gerir o que a mãe quer, o que a futura sogra não quer, o que a mana pensa e poderia continuar mas acho que já basta. É bom ou mau ter tempo? Pode ter a certeza que tudo o que lhe disseram nos últimos meses, nesta altura já esqueceram ou perdeu de todo relevância.

  • este tempo extra ainda permite refinar tudo, a decoração, as flores, aquele assunto do vestido com o qual não estava muito satisfeita … aproveite, atire-se à coisa, os profissionais estão com mais tempo e prontos para o desafio.

  • adiamos porque seja qual for a opinião de cada um, é por demais evidente, que quando chegarmos ao fim da batalha, só vamos querer apanhar sol na cara sem tempo marcado, abraçar as pessoas das nossas vidas, olharmos uns para os outros e sentirmo-nos gratos por estar vivos e bem.

  • pensem em mais que uma data, não se obriguem a cumprir a agenda. Não vão querer fazer uma festa apressada, e sobre os momentos de alguma depressão nacional. Quando a “coisa passar”, precisaremos de esquecer o susto, pensar como vai ser a nossa vida e não queremos mais emoções fortes.

  • este adiar não é negativo é tão só, uma questão gerir o problema e negociar: para ambas as partes, vocês Noivos e nós, se fizemos o que tínhamos a fazer, temos um contrato que nos protege, adiamos porque não é mesmo possível realizar o contratado e esta é uma circunstância que se aplica aos dois lados. Então, vamos lá sentar-nos com calma e falar sobre o assunto. Porque o assunto tem que ser (bem) resolvido para ambas as partes. Sem pressões e de forma assertiva.

  • e adiamos porque é uma questão de sentido comum. Vocês não puderam/podem casar na data combinada e nós não pudemos prestar o serviço contratado. Vamos todos resolver as nossas vidas, arrumar as nossas cabeças, descansar da ansiedade dos dias de confinamento e … sobretudo, sabermos qual a melhor solução em comum. Não se esqueçam que sabíamos muita coisa e agora não sabemos nada.

  • Vamos ter fé no amanhã, vontade de ultrapassar o pós bicho e preparar o nosso regresso às nossas vidas. Vai acontecer e só temos que estar preparados.

  • Aproveitem para abrandarem, invistam em vocês, agora temos um tempo que nem sabíamos que existia é ou não de aproveitar?

  • E neste sentido comum, lembrem-se que temos outros Noivos na linha da frente, que a última coisa com que estarão preocupados, é com a data do casamento. Esses, certamente estarão preocupados com a sua saúde física e mental, com o burn out e com a esperança de terem um bocadinho de tempo para respirarem fora do inferno.

Cuidem-se e #fiquememcasa

XoXo | Mª João

Não conhecemos a autoria desta imagem, circula nas redes sociais e por isso a partilhamos. No entanto, reconhecemos o direito à privacidade dos envolvidos e será retirada caso os mesmos nos contactem nesse sentido. Obrigada.

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