Em plena época “casamenteira” rebenta a primeira bomba! Pelo menos temos novidades. Será que desta vez vamos discutir o que verdadeiramente importa?
Se andam distraídos e não repararam que o “bicho” acordou, passou esta 6f na SIC (jornal das 19H) um caso curioso de falcatrua da boa, i.e., muito por pouco e mesmo no fim, nada de nada.
Será uma das muitas empresas que operam no mercado. E com isto temos a festa armada. Os maus são os fornecedores pouco sérios e os bons os “queridos Noivos”. Neste programa a que chamaram de investigação (?) ouvi coisas que todos já cohecemos à imenso tempo:
tendas oferecidas no mercado entre 3 a 9.000€ é um gap bestial não acham?,
como reconhecer uma “boa empresa” e,
o que procuram os Noivos e o que encontram.
Parece-me de facto os três eixos principais do actual mercado. É isto que pode eventualmente nortear este mercado actual, que vive de excessos. Que tem excesso de oferta não qualificada e que puxa para cima e para baixo os preços deixando o potencial cliente à beira da desconfiança e sem uma bússola fiável.
Mas analisemos o cliente interno, só este, porque o outro vem carregado de notas mesmo que esteja a pagar acima do preço de mercado, mesmo assim é barato face à sua realidade.
Então o que procura o nosso cliente :
preço baixo, preço e preço baixo,
quer tudo! não tem um plano sensato e à medida da sua bolsa. Muda de plano várias vezes e é indeciso pelo que fica à mercê de gente digamos … mais arrivista.
O que encontra pela frente assim que começa a ter que fazer escolhas:
não tem ideia dos preços e as referências de mercado são obscuras, veja-se o exemplo dado acima. Alguém sabe dizer na ponta da língua, o preço de referência por m2 para uma tenda de x metros? E refira-se que este preço já deve incluir a montagem+desmontagem ao qual se adiciona a deslocação.
o mercado é livre (o que não compreende) e cada um pratica o preço que considera justo para o seu serviço,
as informações prestadas pelos fornecedores nem sempre são transparentes, fluídas e atempadas - a queixa da falta de resposta é monumental,
num mercado fortemente apostado em só trabalhar para o cliente externo e endinheirado, o nacional é para as empresas médias, um tapa buracos na agenda.
Continuando …
O cliente não tendo noção dos preços, aconselha-se com os amigos. São eles que já tendo sido, cobaias a referência a seguir,
não tem capacidade técnica para avaliar o tipo de serviço e o que se encontra associado. Escolhe de forma emotiva pelo que vê e não investiga o suficiente para aferir da expertise da empresa, tempo de mercado e reputação comercial,
quer sempre, pagar o mínimo face às suas escolhas,
está disposto a confiar, não exigindo um contrato de prestação do serviços, a listar os items devidamente e até a pagar em circunstâncias estranhas,
não quer factura para fugir aos impostos,
exige por vezes coisas absurdas e não exequíveis porque esta é a grande festa da sua vida e sendo totalmente inexperiente não consegue separar e acertar na medida certa.
Face a isto volto ao princípio, teremos “maus” fornecedores face aos “bons clientes”? Para mim totalmente errado ver o assunto deste ponde vista. Temos sim,
clientes que não estudam a matéria toda, ficam-se pelo resumo e passam com a nota mínima,
abraçam a teoria muitoooo liberal que os impostos não servem para nada e promovem a economia paralela,
exigem comportamentos honestos da parte de quem presta o serviço mas são os primeiros a fechar o negócio de forma obscura, insegura e sem capacidade de reclamação à posterior.
não zelam pelo seu interesse e promovem a impunidade em caso de incumprimento.
da nossa parte …
por vezes não existe um balanço equilibrado entre o que sabemos, o que queremos e o que permitimos,
não somos pro activos no esclarecimento, informações claras e transparentes e explicação assertiva do nosso preço.
nunca queremos perder um negócio, O que também é demonstrativo de uma actividade pouco saudável e estruturada. Nem todos os clientes interessam, esta é uma variável dos negócios. Bons clientes são parceiros, tentam compreender as diferenças e promovem escolhas que tem que ser boas para ambas as partes,
sofremos de uma exposição pública estranha e demolidora. Mostrar que fazemos muitos casamentos, que estamos num patamar estratosférico e inantigivel pelos outros. A imagem sobrepõe-se a tudo e pelo meio deve haver muita disfuncionalidade.
É isto, tenham um bom fim de semana e bom trabalho.
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